Missão não tem a ver com dinheiro. Mas, o dinheiro tem a ver com a nossa missão! “Como assim?”, você pode se perguntar. Por isso, vou abordar esse tema usando o meu próprio exemplo.
Há dez anos, iniciei uma nova carreira na área da saúde, como profissional liberal, para a qual me dedico e ganho dinheiro com ela, assim como ocorreu com outras carreiras que vivenciei. No entanto, esta é diferente porque está 100% alinhada com a minha missão. Como descobri isso? Quando me dei conta de que o que faço hoje eu faria mesmo de graça.
Dinheiro é maravilhoso quando é decorrente de um movimento que fazemos em nossas vidas em prol daquilo para o qual damos valor. Um valor que vem de dentro, das entranhas, do coração, muitas vezes, intuitivamente, inconscientemente….
O dinheiro é fatal quando atribuímos a ele apenas o seu caráter físico, monetário, macroeconômico. Quando uma pessoa diz que a terapia que ofereço “é cara”, eu a convido a refletir: quanto custa uma terapia é uma coisa. Quanto vale uma terapia é outra coisa.
A nossa missão de vida se expressa, consciente ou inconscientemente, independente da nossa situação financeira. No entanto, a nossa situação financeira tem muito a ver com a nossa missão de vida, porque está diretamente ligada ao compromisso que temos com nós mesmos, com o nosso desenvolvimento pessoal, com a nossa libertação de amarras e condicionamentos sociais.
Dinheiro nenhum sustenta uma missão, porque o dinheiro não paga tudo o que envolve a ação de uma pessoa para realizar sua missão, tais como, coragem, entusiasmo, lucidez, alegria, paz de espírito, libertação do medo e paz interior.
O dinheiro em si não é a causa de uma missão, é a consequência! Para chegar no estágio que estou da minha atual carreira como Coach, Mentora e Terapeuta Holística, sim, eu investi dinheiro.
Este dinheiro representa a construção da realidade que vislumbrei, num processo que envolveu o meu consciente e o inconsciente, nem sempre alinhados, porém, determinados a me manter firme no meu propósito de evolução pessoal.
A dedicação à nossa missão não tem nada a ver com dinheiro. Dedicação é consequência de entusiasmo com algo. Quanto vale uma vida de autorrealização? Haveria como medir isso em valores monetários? O sentido e o entusiasmo com que fazemos algo não pode ser medido por meio apenas de cifras financeiras. Exemplo: se agora eu não tenho dinheiro para fazer uma formação que considero muito valorosa para mim, não hesito em fazer um empréstimo e acredito que serei capaz de quitá-lo com o dinheiro que vou ganhar ou que uma quantia extra de dinheiro entrará na minha conta para reequilibrar o meu fluxo de caixa.
O dinheiro, quando percebido com uma visão mais ampla, deixa de ser somente moedas, papéis e cifras: ele passa a ser encarado como um campo energético informacional com o qual estamos ou não em ressonância.
Então, você pode me questionar: como conseguir algo sem dinheiro? E eu respondo: existe algo que vem antes do dinheiro que precisamos para comprar algo que valorizamos. Esse algo tem a ver com a forma como estamos em ressonância com tudo que envolve dinheiro e prosperidade. E então, inevitavelmente, vamos entrar na questão das nossas crenças (conscientes e inconscientes) a respeito do que é autorrealização, viver, sobreviver, ganhar e usar o dinheiro que ganhamos. Crenças essas, na sua grande maioria, são introjetadas em nosso inconsciente, desde a infância e das quais precisamos nos libertar para começarmos a entrar na verdadeira abundância que a vida nos oferece, inclusive financeira.
A forma como escolhemos e pagamos o preço das nossas escolhas nos trazem muitas dicas sobre o lugar que o dinheiro ocupa em nossas vidas. O grau de entusiasmo que temos com o nosso trabalho e com o dinheiro também.
Entusiasmar-se com o que se faz e com o que se conquista (inclusive o dinheiro) não tem a ver com aprovações externas. Tem a ver com o que sentimos dentro de nós, fazendo o que fazemos e o que sentimos com o dinheiro que ganhamos. O entusiasmo vem do espírito, não da mente.
O dinheiro é um instrumento que precisamos aprender a usar em nossas vidas, independentemente da situação econômica na qual nos encontramos. Até para transformar uma crise econômica, precisamos rever nosso olhar sobre a forma como vemos e lidamos com dinheiro (microeconomia), nossa visão sobre dinheiro e o lugar que ele ocupa em nossas vidas.
Oportunidades batem em nossa porta o tempo todo. Situações nos permitem criar oportunidades. A questão é se a nossa visão de vida, nossa dimensão de consciência nos permite constatar essas oportunidades. Descobrir nossa missão é tão fundamental quanto descobrirmos a razão da nossa vida e o porquê da nossa situação financeira estar do jeito que está.
Para sabermos discernir entre o que é o dinheiro e o que é a nossa missão, precisamos ter visão. Dinheiro e missão andam juntos! Acredito que este post pode lhe estimular a mergulhar nesta questão.